segunda-feira, 19 de maio de 2008

Advogados analisam hoje recurso ao STF

Defesa de Alexandre e Anna Carolina irá decidir próximos passos.


A batalha jurídica dos advogados de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá para tirar o casal da cadeia deve ir agora para o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta instância do Poder Judiciário. Depois de ter os pedidos de habeas-corpus negados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e pelo Superior Tribunal de Justiça, a defesa irá se reunir hoje para analisar os próximos passos. O casal é acusado pelo assassinato de Isabella Nardoni, de 5 anos, atirada do 6º andar em 29 de março.

"O melhor seria esperar o mérito desses habeas-corpus serem analisados pelas duas instâncias, mas na realidade não sabemos quando isso vai acontecer", diz o advogado Rogério Neres de Sousa. "Isso pode demorar muito. Precisamos pensar no cliente, não podemos deixar ele esperando dois meses por esse julgamento." Com base em jurisprudência do STF que diz que "comoção popular" não pode justificar um pedido de prisão preventiva, a defesa do casal crê que é possível tirar o casal da prisão. "Esse é nosso objetivo. É normal subir de instâncias", diz Neres de Sousa.

Na tarde de ontem, Anna Carolina Jatobá recebeu a visita dos pais na penitenciária feminina de Tremembé, no Vale do Paraíba. Alexandre Jatobá e a mulher chegaram ao presídio em um Audi preto por volta das 13h15. A visita aconteceu na capela do local e durou pouco mais de duas horas. "Foi um encontro caloroso, muito emocionante", disse Alexandre Jatobá. "Quando ela nos viu e na hora da partida choramos muito."

Segundo o pai, Anna Carolina perguntou dos filhos - não fez nenhuma pergunta sobre o marido. Entre cobertores e comida, os pais também levaram para Anna Carolina três livros - dois de Allan Kardec e um de Direito Constitucional - para que ela passe o tempo lendo. "Ela tem lido muito e está bem."

Alexandre Nardoni está no presídio José Augusto César Salgado, o P2 de Tremembé, a 7 quilômetros de Anna Carolina, e durante todo o domingo não recebeu nenhuma visita de familiares. Segundo o advogado Rogério Neres de Sousa, ele está "muito mais tranqüilo" depois de ter sido transferido de Guarulhos, na Grande São Paulo. "Ele estava com muito medo, lá", diz o advogado. "Agora, ele se sente seguro."


Estadão.

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