Os avós paternos de Isabella, Antônio e Aparecida Nardoni, visitaram o filho Alexandre na manhã deste domingo na penitenciária 2 de Tremembé (138 km de São Paulo). Parte dos objetos levados para Alexandre foram barrados pelos agentes penitenciários.
O casal levou duas malas que continham alimentos e produtos de higiene pessoal para o filho. Após a revista, foi feita uma triagem em uma parte das mercadorias devido ao excesso de produtos que ultrapassava o limite permitido.
Nenhum dos dois conversou com a imprensa. A mãe de Alexandre, Aparecida Nardoni, manteve o rosto coberto durante a entrada e saída da penitenciária.
A visita dos pais foi a segunda recebida por Alexandre desde que foi transferido para Tremembé. Inicialmente, Nardoni foi detido no 13º DP (Casa Verde), porém foi hostilizado por outros presos.
A penitenciária 2 de Tremembé é conhecida por receber detentos que estariam ameaçados em outros presídios, como Mateus da Costa Meira, que atirou contra a platéia do cinema do Shopping Morumbi em 1999, e os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, condenados pela morte do casal Richthofen.
Interrogatório
Os advogados Rogério Neres de Sousa e Ricardo Martins visitaram Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni no início da semana passada para avisá-los oficialmente do interrogatório. Segundo Ricardo Martins, foram apenas visitas de rotina.
"Não há nenhuma espécie de orientação a ser dada para o interrogatório, continuamos trabalhando baseados na inocência do casal e sendo assim, não há o que ser orientado", afirmou o advogado Ricardo Martins à Folha Online.
Martins informou também que levaram a notícia ao casal de que o legista George Sanguinetti irá analisar os laudos técnico e pericial sobre a morte de Isabella. Para o legista todos os ferimentos e lesões apresentadas pela criança foram causadas durante a queda ou em virtude do impacto do corpo em uma planta ou no gramado do edifício do casal.
Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni têm o interrogatório do processo criminal marcado para a próxima quarta-feira (28) no Fórum de Santana (zona norte da capital) com o juiz Mauricio Fossen, responsável por decretar a prisão preventiva dos acusados.
Folha de São Paulo.
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