terça-feira, 6 de maio de 2008

Austríaca ajudou a construir porão no qual ficaria presa durante 24 anos

A austríaca Elisabeth Fritzl, que foi mantida em um porão e estuprada pelo pai por 24 anos, ajudou o maníaco Josef Fritlz a construir sua própria prisão, antes de desaparecer da família, em 1984. A informação foi divulgada pela polícia depois que a defesa anunciou que se prepara para alegar insanidade mental de Fritzl. O austríaco pode ter planejado o cativeiro desde 1978.

De acordo com informações do tablóide britânico "Daily Mail", a mulher, estuprada desde os 11 anos pelo pai, foi forçada a ajudar na construção do primeiro quarto do porão e carregou, inclusive, o concreto para construir a pequena porta de acesso ao local. Fritzl também teria estuprado uma enfermeira em 1967, segundo denúncia de cunhada dele .

Nos primeiros nove meses dos 24 anos de rapto, Elisabeth também teria sido obrigada a ficar acorrentada e usar uma coleira para não escapar.

Segundo reportagem do "Fantástico" no domingo, aos 11 anos ela foi estuprada pelo pai pela primeira vez. O terror da menina era tal que não revelou o incesto nem mesmo à mãe. Na adolescência, Elisabeth fugiu de casa, mas era perseguida e estuprada por ele com arma. No depoimento a Leopold Etz, da polícia austríaca, Elisabeth contou que durante a primeira semana encarcerada, também ficou no escuro. Ela gritou até perder as forças, mas ninguém podia ouvi-la.

Após o nascimento do segundo filho no porão - hoje ele tem 18 anos -, Fritz concordou em aumentar o "apartamento". O porão ficava abaixo da casa e Elisabeth começou a construir outros cômodos abaixo do jardim, na parte de trás da casa. O porão atualmente começa no subsolo do prédio e avança pelo jardim, tendo 60 metros quadrados.

O acesso é feito por uma porta de concreto de 300 kg. Sob o jardim ficam três cômodos: um com duas camas de solteiro. No meio, banheiro e cozinha, e um último quartinho com uma cama de casal e TV. Dentro do porão, sozinha, sem direito a um médico, Elisabeth deu a luz a sete filhos.

No quarto que tinha uma cama de casal, Josef violentava a filha. De acordo com o tablóide, ele trancava as crianças em outro cômodo e passava horas com Elisabeth.

Nesta segunda-feira, uma equipe de psiquiatras vai se encontrar com o estuprador no presídio de Poelten. A polícia prisão perpétua para Josef e teme que ele consiga escapar por insanidade.

- Esse homem é um demônio. O sofrimento que fez a sua família passar é inimaginável - disse o investigador Franz Polzer. Mas o advogado de Fritzl, Rudolf Mayer, disse:

- Na minha opinião, ele é doente mental e não é responsável por seus atos.

De acordo com o tablóide britânico, Josef está obcecando na cela assistindo na TV às reportagens sobre o seu caso.

No domingo, sua cunhada Christine R., afirmou que Josef foi acusado de estupro na época em que sua principal vítima nasceu.

- Eu tinha 16 anos quando ele foi preso por estupro - afirmou. A acusação teria acontecido pouco depois do nascimento de Elisabeth.


"Esse homem é um demônio. O sofrimento que fez a sua família passar é inimaginável."


O Globo.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog