sábado, 10 de maio de 2008

Certificado garante prisão especial para o pai de Isabella

Ele está sozinho em cela no 13° DP, que tem carceragem para presos com curso superior.
Advogados apresentaram certificado de colação de grau aos policiais neste sábado (10).

Os advogados de Alexandre Nardoni chegaram por volta das 12h deste sábado (10) ao 13° Distrito Policial, na Avenida Casa Verde, Zona Norte de São Paulo. Eles apresentaram o certificado de colação de grau do pai de Isabella, obtido em 2007 no curso de direito. A Polícia Civil havia dado o prazo até o meio-dia deste sábado para que o documento fosse apresentado. Sem a comprovação de que tinha curso superior, Alexandre perderia o direito de permanecer em uma detenção especial e poderia ser transferido para um Centro de Detenção Provisória (CDP).

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), sem o documento a polícia notificaria a Justiça e Alexandre Nardoni deveria ser encaminhado para um presídio comum. A madrasta de Isabella, que não concluiu o curso de direito, está em regime de observação - sem direito a visitas - em um presídio no interior de São Paulo.

Apesar de o certificado ter garantido a permanência em prisão especial, os policiais do 13º DP já haviam pedido na sexta-feira (9) a transferência do pai de Isabella. O pedido foi feito depois que os presos da delegacia fizeram um protesto. Eles escreveram no pátio que não querem a presença do pai da menina. No fim da tarde, a Corregedoria dos Presídios informou que aguardava uma vaga em outra cadeia para realizar a transferência.

Pedido de liberdade e de anulação

Os advogados do pai e da madrasta de Isabella protocolaram, por volta das 18h50 de sexta-feira (9), pedido de habeas corpus para o casal no Fórum João Mendes, no Centro de São Paulo. O advogado Marco Polo Levorin disse que nas 96 páginas do documento, a defesa vai pedir a revogação da prisão preventiva e também a anulação do recebimento da denúncia do Ministério Público (MP) pela Justiça. A decisão dos dois pedidos não precisa ser dada ao mesmo tempo.



A defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, alega que há trechos que induzem a um pré-julgamento no processo que acusa o casal de homicídio triplamente qualificado. “Em algumas afirmações que foram feitas (no processo), nós entendemos que houve um pré-julgamento”, disse Levorin.



G1.

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