quarta-feira, 21 de maio de 2008

Combate à pobreza precisa visar expansão econômica-estudo

Governos, órgãos de assistência e outros agentes interessados na redução da pobreza precisam se concentrar mais no crescimento geral das economias, afirmou nesta quarta-feira um relatório patrocinado pelo Banco Mundial.

O documento alertou, no entanto, que qualquer aumento do protecionismo em meio à alta dos preços de energia e alimentos pode pôr em risco a melhora do cenário global.

O autor do relatório e vencedor do prêmio Nobel de Economia, Michael Spence, disse que os órgãos de auxílio humanitário e os outros agentes que se concentram em microcrédito e programas para ajudar as classes mais pobres deveriam prestar mais atenção à macroeconomia, deixando de ver os mercados globais como inimigos.

"Nós gastamos muitos anos olhando ao redor e discutindo a redução da pobreza sem qualquer referência ao crescimento", disse em entrevista à Reuters antes do lançamento do relatório. "Isso simplesmente não faz sentido para mim. É a única coisa que resolve."

O "Relatório sobre Crescimento", que também foi financiado por Austrália, Suécia, Holanda, Grã-Bretanha e uma fundação privada, analisou 13 países com projeção de crescimento de 7 por cento nos próximos 25 anos.

Os países são Botsuana, Brasil, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coréia do Sul, Malásia, Malta, Omã, Cingapura, Taiwan e Tailândia, segundo o relatório. Índia e Vietnã quase entraram no grupo.

Há diferenças entre os países, mas também algumas lições em comum. Essas lições foram a exploração da economia mundial; a manutenção da estabilidade macroeconômica junto com altas taxas de poupança e investimentos; e governos comprometidos, com credibilidade e com capacidade, segundo o documento.

O relatório também afirmou que a pobreza deve continuar a diminuir nas próximas décadas, com a Índia crescendo rapidamente por mais 15 anos para alcançar o nível atingido atualmente pela China.

A China ainda tem 600 milhões de pessoas na zona rural que podem migrar para o mercado de trabalho nas cidades.


Estadão.

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