sábado, 3 de maio de 2008

Cubanos podem agora comprar computadores

Liberação da venda é mais uma das medidas de reforma de Raúl Castro

Depois dos telefones celulares, das vagas em hotéis e dos eletrodomésticos, foi a vez ontem dos computadores.

Uma fila de curiosos se formou em frente a lojas da capital de Cuba, Havana, em razão do início da venda desses aparelhos, autorizada pelo governo de Raúl Castro semanas atrás.

- Estou felicíssima, é como um brinquedo que sempre quis ter, que alegria - exultava Santa Mercedes, funcionária de uma clínica médica, depois de comprar um computador.

Máquinas da marca chinesa QTech, com processador de 1,6 Ghz, memória RAM de 512MB e HD de 80GB, eram vendidas por 720 pesos cubanos conversíveis (R$ 1,28 mil), mas havia modelos mais baratos, por 555 pesos conversíveis (R$ 990). Segundo alguns dos interessados, o preço é semelhante ao encontrado no mercado negro. A vantagem é que as máquinas vendidas nas lojas são legais, com garantia de um ano. No entanto, o preço é muito alto em comparação com o salário médio mensal dos cubanos, equivalente a apenas R$ 33. Só terão dinheiro para comprar os aparelhos os cubanos que costumam receber ajuda financeira de parentes no Exterior ou aqueles que trabalham com turismo e contam com um rendimento extra. Até agora, a venda de computadores era feita somente a estrangeiros ou a empresas.

Além do preço, as máquinas à venda em Havana têm um grande problema: não contam com modem. Ou seja, não permitem o acesso à internet. Em Cuba, o acesso à rede é limitadíssimo, restrito a apenas 9% da população de 11 milhões de habitantes.


Zero Hora.

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