quinta-feira, 8 de maio de 2008

Rabinos pedem fim de concurso porque finalista crê em Jesus

Bat-El Levi, de 16 anos, pertence a uma congregação judaica que acredita em Jesus, os judeus messiânicos.

Os líderes religiosos judeus de Israel pediram o cancelamento de um concurso internacional juvenil de conhecimentos sobre a Bíblia, após descobrirem que uma das finalistas reconhece Jesus Cristo como o Messias, segundo publica nesta quarta-feira, 7, o jornal The Jerusalem Post.



O Rabinato de Israel pediu que a fase final do concurso seja cancelada, ou que Bat-El Levi, de 16 anos e pertencente a uma congregação judaica que acredita em Jesus (cujos membros são conhecidos como "judeus messiânicos"), seja desclassificada, destaca o jornal.



Os líderes religiosos judeus temem que, se Levi vencer o concurso, possa estimular uma expansão do cristianismo entre as comunidades judaicas.



Os grão-rabinos de Israel, Shlomo Amar e Yona Metzger, enviaram uma carta à ministra da Educação israelense, Yuli Tamir, na qual afirmam que "é inaceitável que um membro de um culto que se retirou da fé judaica participe de um concurso dedicado a um livro que é sagrado para os judeus desde seu nascimento como povo."



No entanto, o porta-voz do Ministério da Educação, Lital Apter, disse que o concurso seguirá adiante e que a judia messiânica continuará participando, já que, a seu entender, "o objetivo do concurso é avaliar os conhecimentos dos participantes sobre a Bíblia e não investigar suas crenças religiosas."



"Os serviços legais do Ministério da Educação comprovaram que Levi é judia segundo os critérios de Estado, e isso é suficiente para nós", acrescentou.



A jovem não quis fazer declarações, mas um de seus familiares disse que "para essa gente, qualquer um que esteja em desacordo com sua versão das crenças judaicas é o inimigo." "Espero que Deus pague a eles com a mesma moeda", afirmou.



A fase final do concurso será realizada na quinta-feira, 8, coincidindo, como todos os anos, com o Dia da Independência de Israel, e espera-se que o prêmio seja entregue pelo primeiro-ministro do país, Ehud Olmert.


Estadão.

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