segunda-feira, 12 de maio de 2008

Secretário vai discutir políticas públicas voltadas à população de rua






O Secretário municipal de Assistência Social (SMS), Marcelo Garcia, vai se reunir nesta segunda-feira com representantes do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para discutir políticas públicas destinadas à população de rua do município. É o que mostra reportagem de Waleska Borges publicada no jornal O Globo.

No domingo, dois moradores de rua foram queimados próximo ao Viaduto dos Marinheiros, na Cidade Nova, por volta das 5h deste domingo. A moradora de rua Flávia Souza, de 15 anos, morreu. Segundo o companheiro da adolescente, identificado como Leonel, ela estava grávida de um mês.

De acordo com o secretário, anualmente, a prefeitura destina sozinha R$15 milhões para os programas voltados para população de rua.

- Os municípios do Brasil não têm financiamento nacional nem estadual no orçamento destinado à população em situação de rua - afirma Garcia cobrando respostas da União para o resultado da pesquisa - Se há um problema, precisamos de uma saída coletiva e propostas concretas.

Segundo a secretaria da Assistência Social, atualmente, a prefeitura tem 66 centros de acolhimento com 2.464 vagas. Ao contrário do que afirma o secretário Marcelo Garcia, conforme o ministério, o governo federal repassa mensalmente R$ 405 mil para 50 municípios destinados ao atendimento da população de rua. No estado, os municípios de Campo dos Goitacazes, Niterói, Duque de Caxias e Rio recebem os recursos. Conforme o governo federal, apenas para o município do Rio são repassados R$ 12 mil mensais.

Estado de saúde de outro morador de rua é gravíssimo

Além de Flávia Souza, o morador de rua Wellington Alves, de 16 anos, amigo da Flávia, também foi queimado. Socorrido, ele foi levado para o Hospital Souza Aguiar. O rapaz teve 100% do corpo atingido por queimaduras de segundo e terceiro graus. Até o início da noite, o estado de saúde dele era considerado gravíssimo. Outros quatro moradores de rua dormiam no local quando Flávia e Wellington foram queimados, mas conseguiram fugir.

O motivo do incêndio seria vingança de um outro morador de rua, Paulo Roberto Oliveira Ribeiro, de 19 anos, o Dupira, que teria se desentendido com Eduardo e o jurado de morte. A polícia acredita que esta seja a hipótese mais contundente para explicar o crime.

O caso foi registrado na 20ª DP (Vila Isabel), onde Paulo Roberto foi preso em flagrante. Com ele, foi apreendida uma bolsa térmica com espuma e palitos de fósforo, objetos que, segundo o delegado-adjunto da distrital, Sandro Caldeira, foram determinantes para indiciá-lo por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio.


O Globo.

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