terça-feira, 20 de maio de 2008

SP lidera ranking de municípios propícios a exploração sexual infanto-juvenil

O Estado de São Paulo tem o maior número de municípios propícios à exploração sexual de crianças e de adolescentes. São 93 municípios paulistas com o perfil, de um total de 932 em todo o país, segundo mapeamento feito pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República apresentados nesta segunda-feira no lançamento do 3º Congresso Mundial de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Rio.

Em segundo lugar, segundo o levantamento, está Minas Gerais, com 92 municípios considerados "vulneráveis". O Rio tem 33, e o Pará, 36 municípios com o perfil. Os números, de acordo com a secretaria, são absolutos e, por isso, não significam, necessariamente, um ranking proporcional.

Já o ranking de registros de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes é maior no Estado de Mato Grosso do Sul, mostra o levantamento da secretaria. Entre 2003 e abril deste ano, a média no Estado foi de 13 casos por 100 mil habitantes, contra 10 no Acre. Em São Paulo, essa proporção é de 3 casos por 100 mil habitantes e, no Rio, de 6 por 100 mil habitantes.

No levantamento por regiões, o Nordeste aparece com o maior número de municípios propícios ao crime de exploração sexual infanto-juvenil: 294, contra 241 no Sudeste, 161 no Sul, 127 no Centro-Oeste e 109 no Norte.

É também de São Paulo que vem o maior número de denúncias contra esse tipo de crime. Até a última quarta-feira, a secretaria disse ter recebido 1.658 chamadas no Estado paulista, de um total de 12.197 em todo o país. No ano passado, foram 24.931 denúncias, quase o dobro das chamadas recebidas em 2006 (13.830), segundo dados do levantamento.

O ministro Paulo Vanucchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, disse ser "totalmente intolerável" a prostituição de menores de 18 anos no país. A primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva chamou de "horror" a situação dos crimes de exploração sexual de menores no Brasil.


Estadão.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog