As explicações do embaixador americano em Caracas, Patrick Duddy, sobre a entrada de um avião militar dos Estados Unidos no espaço aéreo venezuelano não foram suficientes para as autoridades da Venezuela, que exigiram nesta terça-feira que estes atos "não se repitam mais".
"Entregamos ao embaixador uma nota de protesto por esta violação, na qual exigimos do governo dos Estados Unidos que esta série de eventos não se repita", declarou à imprensa o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Nicolás Maduro, afirmando que as explicações de Duddy "não satisfizeram" o Executivo venezuelano.
Segundo o diplomata americano, ele explicou a Maduro "os detalhes do erro de navegação que levou um avião que se encontrava em uma missão antidrogas transitar de maneira acidental pelo espaço aéreo venezuelano no dia 17 de maio".
Após a reunião com o ministro venezuelano, Duddy comentou que "uma maior cooperação antidrogas" por parte da Venezuela "poderia evitar esses incidentes no futuro".
A Venezuela denunciou na segunda-feira que um avião militar americano, que saiu da ilha de Curaçao (Antilhas Holandesas) e retornava para o mesmo local, onde os Estados Unidos possuem uma base militar, entrou deliberadamente no espaço aéreo venezuelano.
Para Maduro, este tipo de invasão faz parte de um plano dos Estados Unidos para "desestabilizar a região".
Folha de São Paulo.
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