quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Fiesp renova parceria com projeto Começar de Novo, para egressos do sistema prisional

O Programa Começar de Novo, desenvolvido pelo Conselho Nacional da Justiça (CNJ) para estimular a reinserção de egressos do sistema prisional no mercado de trabalho, continuará a contar o apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que já deu formação profissional e emprego a centenas de ex-presidiários.
O presidente da entidade, Paulo Skaf, firmou no início tarde desta terça-feira (17) outro acordo de cooperação com o presidente do Conselho Nacional da Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, para assegurar que egressos continuem a fazer cursos profissionalizantes e tenham maiores chances de recolocação no mercado de trabalho.
Mendes comemorou o convênio, que segundo ele é uma das múltiplas parcerias do CNJ com a Fiesp. Ele reafirmou a necessidade de engajar os setores produtivos na reinserção social de egressos do sistema prisional e destacou que o Começar de Novo “não é apenas um programa humanístico, mas um programa de segurança pública”.
Além da reinserção dos egressos no mercado de trabalho, o CNJ também vem realizando mutirões carcerários para identificar presos que já têm direito à liberdade. Em dois meses de trabalho, 17 mil pessoas presas irregularmente foram liberadas.
Gilmar Mendes afirmou que “esse é um número bastante elevado e fala da necessidade de o sistema ser revisto”. Ele lembrou ainda que a libertação dessas pessoas tem de ser “acompanhada de um séria política de reintegração social”, já que “sem política consistente de reinserção, haverá um grande índice de reincidência”.
Sesi
Skaf disse que o foco do trabalho desenvolvido pela Fiesp no Começar de Novo é a formação de profissionais preparados para trabalhar na construção civil. Ele contou que a parceria anteriormente firmada com o CNJ será ampliada e incrementada por meio de cursos oferecidos pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) de São Paulo.
O presidente da Fiesp lembrou que essa área é estratégica por estar em crescimento e gerando muitos empregos. Ele citou ainda convênio firmado pelo CNJ com o Comitê Organizador da Copa do Mundo para que egressos sejam contratados para trabalhar nas obras da Copa do Mundo de 2014. O CNJ também já tem planos para fazer acordo semelhante para as Olimpíadas de 2016.
“Tudo isso faz bem ao Brasil, faz bem para toda a sociedade brasileira”, afirmou Skaf, referindo-se também a parcerias firmadas pela entidade com o CNJ para contribuir com a Semana da Conciliação, projeto que visa evitar o ingresso de processos no Judiciário por meio de conciliação entre as partes envolvidas em algum litígio.
Segundo o presidente da Fiesp, “o Brasil não é mais visto como o país do futuro, mas como o país do presente”, e que a segurança jurídica é fundamental para firmar essa percepção do país.

RR/EH

STF.

Nenhum comentário:

Pesquisar este blog