Presos da cadeia pública de Três Corações (293 km de Belo Horizonte) assinaram um termo de responsabilidade onde se comprometem a não fugir por um buraco feito no teto de uma das celas, por onde escaparam 13 detentos na madrugada do domingo (8).
O coordenador da cadeia, Joel de Castro Miranda, disse que a iniciativa para o acordo partiu dos próprios presos, que estavam descontentes por terem que ser remanejados para outras celas. Isso aumentaria o desconforto provocado pela falta de espaço na prisão.
A fuga dos 13 presos aconteceu por volta de 0h30 do domingo. Um grupo de detentos fez um buraco no teto de uma cela, por onde escaparam da cadeia. Outro preso que estava na cela ao lado abriu um buraco na parede e fugiu pela mesma passagem aberta no teto.
Miranda afirmou que os presos que não fugiram reclamaram que, com o esvaziamento das duas celas danificadas, seria impossível ficar na prisão, que tem oito celas no total.
Antes da fuga, a cadeia, que tem capacidade para 60 presos, contava com 136 homens. Cinco dos que fugiram já haviam sido recapturados e voltado à prisão nesta segunda-feira.
"Eles estão cumprindo à risca a proposta. Se não fosse assim, não teria lugar para eles dormirem. Temos que respeitá-los como seres humanos", disse Miranda.
Segundo ele, o termo não vai garantir a permanência dos presos na cadeia, mas ele não via outra alternativa. "Quem ficou não quer fugir. Não são presos perigosos. Mas, se eles quiserem, derrubam a cadeia", afirmou Miranda.
A Polícia Civil informou, por meio da assessoria de imprensa, que 26 presos foram transferidos para a penitenciária da cidade e que foi aberto inquérito para apurar as circunstâncias em que ocorreu a fuga.
Segundo o órgão, as obras de reforma da cadeia terão início hoje e as buscas pelos outros oito fugitivos continuam.
Fonte: RENATA BAPTISTA - Agência Folha
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